10 de junho de 2009

Roma: Monarquia

Roma está localizada na Península Itálica. A Península Itálica encontra-se num local privilegiado, no meio do Mar Mediterrâneo. Possui muitas planícies férteis como o Lácio e a Campânia, o que propiciou o desenvolvimento da agricultura e pastoreio nas comunidades locais, além da extração mineral do ferro, estanho, chumbo e cobre. Não houve o desenvolvimento da navegação e do comércio exterior, pois o litoral da península não possue muitos portos naturais.

No século VIII a.C., muitos povos habitavam a península, sendo os principais: Etruscos, ao norte; Italiotas, ao centro; Gregos, ao sul, os quais habitavam em colônias numa região conhecida como Magna Grécia.

Com a fundação de Roma em 753 a.C., toda a região foi ganhando maior destaque entre as civilizações antigas ao longo do tempo. Roma, atualmente, é considerada o maior império que já existiu no mundo e sua história antiga é dividida em três períodos: Monarquia, República e Império.

Há várias lendas que narram a fundação de Roma, entre elas a mais aceita é a da obra épica Eneida, escrita por Virgílio. Narra-se que com a destruição da cidade de Tróia pelos Micênicos, o príncipe troiano Enéias, juntamente com seu pai e alguns companheiros, viajaram pelo Mediterrâneo e chegaram na planície do Lácio, onde o príncipe casou-se com uma princesa latina. Posteriormente, seu filho fundou a cidade de Alba Longa.

Algum tempo depois, Alba Longa estava sendo governada por um rei, o qual foi deposto por seu irmão numa rebelião. O novo rei ordenou que os gêmeos recém-nascidos da princesa Réia Sílvia, que fora transformada em sacerdotisa, fossem jogados no Rio Tibre. Uma loba salvou-os e posteriormente foram encontrados por pastores, que os criaram e os chamaram de Rômulo e Remo. Depois de crescidos, os irmãos voltaram a Alba Longa e recolocaram o antigo rei no poder. Retornaram ao lugar onde foram encontrados e fundaram a cidade de Roma. Após uma briga, Rômulo matou Remo e tornou-se o primeiro rei romano.

Históricamente, acredita-se que Roma fora fundada a partir de uma fortificação construída por italiotas às margens do Tibre, para protegerem-se de uma possível invasão etrusca.

Durante a Monarquia romana, a economia foi baseada na agricultura e pastoreio. A sociedade era dividida em patrícios, os quais pertenciam à grandes famílias, antigas proprietárias de terra e rebanhos; clientes, pertencentes à famílias pobres e dependentes dos patrícios; plebeus, eram estrangeiros, pequenos proprietários de terra, comerciantes e artesãos. Conta a lenda que Roma possuiu sete reis: dois latinos, dois sabinos e três etruscos. Até a invasão dos etruscos, os reis dependiam do Senado - Conselho de Anciãos - formado por patrícios e ainda havia a Assembleia Curiata, a qual votava as leis e aprovava a guerra. Durante o controle etrusco, o poder do Senado diminui e a cidade passa por um grande desenvolvimento urbano, graças ao grande conhecimento arquitetônico dos etruscos, como a implantação do arco e abóboda nas construções, o que propiciou um grande aumento do espaço interno dos edifícios.

O último rei estrusco, Tarquínio, o Soberbo, aproximou-se da plebe com o objetivo de acabar totalmente com o poder do Senado. Foi então que os patrícios, os quais formavam o Senado, destronaram o rei e implantaram a República.
Mas, segundo a lenda, o motivo pelo qual Tarquínio, o Soberbo, fora deposto, foi que o seu filho havia seduzido Casta Lucrécia, filha de uma família patrícia, o que levou a uma crise.

Obs.: A primeira imagem representa a península Itálica, quando era ocupada por vários povos distintos. A segunda imagem mostra a loba, o símbolo da cidade de Roma. E a terceira, o momento em que Rômulo e Remo são encontrados por pastores.

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