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19 de maio de 2009

Grécia: Período Clássico

O período Clássico se inicia no século VI a.C. e foi marcado pelas Guerras Médicas e posteriormente por inúmeros conflitos entre as cidades gregas, a fim de conquistar a supremacia sobre todo o território da Grécia.

A Pérsia, civilização localizada na região que corresponde ao atual Irã, estava no auge de sua expansão quando avançou sobre a Grécia pela primeira vez. Inicialmente impôs às colônias gregas da Ásia Menor, altos impostos. Ocorreram revoltas e Atenas auxiliou uma das cidades dessa região, mas não foi o bastante para resistir a total destruição causada pelos persas.

Consequentemente, isso acarretou ao descontentamento de todo o povo grego. Os persas, então, aproveitando-se da inimizade entre as cidades-Estado gregas, invadiram a região por uma planície próxima de Atenas e acabaram sendo derrotados ali mesmo.

Dez anos depois sob o comando de Xerxes, os persas voltaram a atacar os gregos na segunda Guerra Médica. Atacaram por terra, onde venceram os espartanos, e por mar, onde foram vencidos pelos atenienses. Recuaram e finalmente foram derrotados por atenienses e espartanos. As colônias foram libertadas e o Tratado de Susa proclamou a paz entre gregos e persas.

Com o fim das Guerras Médicas, Atenas garantiu sua hegemonia na Grécia, já que a mesma era líder da Liga de Delos, isto é, uma organização composta por todas as cidades gregas, cujo objetivo era reunir armamento, navios, ouro e soldados para poder combater os persas. Como o objetivo havia sido conquistado, não seria mais necessária a liga, mas Atenas não permitiu isso.

Se a liga acabasse, as doações de ouro, entre outros, cessariam e os atenienses entrariam em crise, pois tinham alcançado grande desenvolvimento com as riquezas recebidas.

Os atenienses, então, passaram a cobrar obrigatoriamente impostos sobre as cidades aliadas. Aquela que se revoltasse seria atacada e destruída.


No século V a.C., Péricles, sobrinho de Clístenes, assume o poder de Atenas e com os impostos arrecadados, investe na construção de templos e monumentos e incentiva a arte. Este período ficou conhecido como o "Século de Ouro". Os resultados foram o crescimento de empregos, melhor qualidade de vida e maior embelezamento da cidade.

Esparta, revoltada com o poderio ateniense, resolve criar sua própria liga, reunindo cidades da península do Peloponeso, além de outras cidades revoltadas. A liga ficou conhecida como Liga do Peloponeso.

Tudo isso culminou na Guerra do Peloponeso, a qual trouxe muita destruição e cuja vencedora foi Esparta. A cidade, a partir de então, alcançou a hegemonia da Grécia e assim como Atenas, foi fortemente imperialista.

Dentro deste contexto, surge uma força proveniente da cidade de Tebas, a qual se aproveita da situação de crise entre as duas grandes cidades-Estado gregas para atacar Esparta e derrotá-la com as chamadas falanges, isto é, um grupo de tropas formado por 16.384 soldados. Uma das maiores causas pela qual Esparta perdeu para Tebas, foi que ao mesmo tempo do conflito, os escravos da cidade estavam formando uma rebelião.
Tebas rapidamente perdeu sua hegemonia, já que atenienses e espartanos se uniram para atacá-la.

Todas essas guerras levaram a um enfraquecimento geral da Grécia, o qual contribuiu para fáceis ataques estrangeiros. E, sendo assim, a Macedônia, sob comando de Felipe II, conquistou-a.

Alexandre Magno, filho de Felipe, sucedeu o pai e aumentou os domínios macedônicos, atingindo o Egito, onde foi recebido como filho do deus Amon-Ra, Fenícia, Pérsia, onde foi coroado rei dos persas, Israel e Índia. Possuiu um dos maiores impérios da humanidade, estabeleceu a capital na Babilônia, onde morreu de febre aos 33 anos de idade.
Obs.: A primeira imagem representa a ilha de Delos, sede da Liga de Delos. A segunda representa uma estátua de Péricles, o responsável pelo "Século de Ouro". A terceira imagem representa uma moeda com o rosto de Alexandre, O Grande ou Magno.

18 de maio de 2009

Grécia: Atenas

Atenas é considerada o "berço da democracia". Foi, assim como Esparta, uma das principais cidades-Estado da Grécia e ambas lutavam pela hegemonia na região.

No período Arcaico, quando houve o crescimento das cidades-Estado gregas, Atenas passou por transformações econômicas, como o alto desenvolvimento do comércio exterior, devido às inúmeras colônias fundadas nas ilhas do Mar Egeu e litoral da região que atualmente constitui a Turquia. Ocorreu também transformações sociais, já que os thetas, os mesmos que antes não possuiam terras, desenvolveram atividades comerciais e artesanais, garantindo aumento do seu poder na sociedade; os georgois se endividaram com os eupátridas e tornaram-se escravos para pagar as dívidas, além de terem perdido suas terras; os eupátridas enfim, continuaram constituindo a aristocracia ou elite da cidade. Surgiu, então, uma nova classe social, a dos comerciantes e artesãos, que passaram a pressionar os aristocratas e exigir poderes políticos. Formando-se o partido popular e aristocrático, ambos contrário ao outro.
* Relembre sobre os eupátridas, georgois e thetas, lendo o texto "Grécia: Período Pré-Homérico e Homérico".

O partido popular exigiu, primeiramente, que todas as leis devessem ser escritas, pois as mesmas eram orais. Foi então que os aristocratas encarregaram Drácon de redigir a legislação ateniense. Mas este legislador foi muito severo e rígido, sendo então substituído por Sólon, quem deveria realizar uma reforma.
As propostas de Sólon foram as seguintes:
Econômicas - Proibição da venda de cereais para o exterior; estímulo ao comércio; instituição de uma moeda única; incentivo a vinda de artesãos estrangeiros.
Sociais - Redução da herança do primogênito; fim da escravidão por dívidas.
Políticas - Acabar com o monopólio do poder pelos aristocratas; implantação de um regime político, em que o cidadãos devessem participar de áreas políticas proporcionais à sua situação econômica.

Estas propostas não foram integralmente realizadas, pois os aristocratas não permitiram, já que eles perderiam altos poderes. Sólon acabou sendo expulso da cidade e Psístrato assumiu ilegalmente o poder.

Psístrato implantou uma nova fase na política ateniense, conhecida como Tirania. Seu objetivo era estabelecer um equilíbrio significativo entre as classes sociais, foi por isso que dividiu as terras não cultivadas dos aristocratas entre os camponeses. Além disso, construiu várias obras públicas, incentivou o comércio marítimo e as artes.
Com sua morte, seus dois filhos assumiram o poder e foram extremamente autoritários, ocorrendo perseguições e crueldades. Consequentemente, um foi morto e o outro deposto e exilado de Atenas.
Os aristocratas, então, colocam Iságoras no poder. Este sofreu forte oposição dos grupos populares e por este motivo, teve a "brilhante" ideia de pedir proteção aos ESPARTANOS, os grandes inimigos de Atenas. Isto gerou uma imensa revolta e Iságoras foi rapidamente expulso junto com os espartanos da cidade, por Clístenes.

Clístenes torna-se a partir de então, o responsável pelo poder na cidade e implanta uma grande reforma. Esta reforma foi chamada de democracia.

A democracia foi um regime de governo em que todos os cidadãos tinham direitos políticos e podiam participar diretamente das Assembleias. Considerado "pai da democracia", Clístenes procurou diminuir a influência das famílias aristocratas dividindo o território em demos, os quais eram pequenas comunidades autônomas. Posteriormente foram criadas dez tribos. O principal órgão político era a Eclésia ou Assembleia dos Cidadãos, a qual votava as leis preparadas, anteriormente, por um conselho.
Para manter a democracia, Clístenes implantou o ostracismo, isto é, uma política em que obrigava os maus cidadãos a se retirarem da cidade. Isto era decidido na Eclésia, se o mau cidadão recebesse a maioria dos votos a favor de seu exílio, este perdia direitos políticos, mas não seus bens e ficava afastado da cidade por dez anos. Quando voltasse receberia seus direitos de volta.
Obs.: A primeira imagem representa a gloriosa cidade antiga de Atenas, com vista para o Parthenon. A segunda imagem representa Clístenes, o "pai da democracia".

10 de maio de 2009

Grécia: Esparta

Após destruirem Micenas, os Dórios estabeleceram-se na planície da Lacônia, localizada na península do Peloponeso. E por volta do século IX a.C. fundaram a cidade de Esparta.

Até o século VII a.C., a cidade era governada por uma Diarquia (governo de dois reis), a qual era assistida por um conselho de anciãos com mais de 60 anos, chamada de Gerúsia. Havia também uma assembléia, conhecida como Ápela, onde se reuniam cidadãos espartanos, os quais davam as decisões finais sobre assuntos relacionados a administração e política da cidade. A legislação cabia ao lendário Licurgo.

A partir do século VII a.C. ocorreu inúmeras transformações na vida política e social de Esparta. Tudo ocorreu quando os messênios, povo conquistado pelos espartanos, revoltaram-se contra a sua dominação. Levando a uma longa guerra. Os espartanos acabaram vencendo os habitantes da planície da Messênia, os levaram para Esparta e escravizaram-os. Foi então que tomaram-se várias medidas a fim de evitar novas possíveis revoltas.

As terras centrais, as mais férteis da planície, foram divididas de acordo com o número de cidadãos espartanos e distribuídos cerca de seis escravos para cada lote, tudo isso seria propriedade estatal, mas emprestado aos cidadãos pelo resto da vida. Os escravos forneciam o necessário para o sustento dos espartanos, podendo estes se dedicarem ao preparo físico e militar.

Nas terras mais afastadas, situavam-se povos que não se opuseram a dominação espartana sobre a planície da Lacônia. Estas terras eram particulares, ou seja, seus donos poderiam vendê-las ou transferi-las a qualquer momento.
Por consequência destas transformações, a sociedade espartana fora dividida em espartíatas, a camada dominate; periecos, os habitantes periféricos e sem direitos políticos; hilotas, escravos do governo que trabalhavam nos lotes dos cidadãos. Além desta, houve também consequências políticas, como o aumento do poder dos gerontes (membros da Gerúsia), os quais apoiavam o status quo, isto é, eram a favor da manutenção da situação política vigente, eram a favor da dominação dos espartíatas sobre os considerados inferiores. Os dois reis perderam grande parte de seu poder, o qual fora transferido para os éforos, juízes escolhidos pela Gerúsia. E a Ápela passou a apenas aprovar as ideias e propostas dos gerontes.

Sobre a educação espartana sabe-se que foi altamente rígida, pois havia a necessidade de se manter equilibrada a proporção entre espartíatas e hilotas. Quando um bebê nascia, este era levado pelo pai até os anciãos da tribo, onde a criança seria rigorosamente analisada. Qualquer deficiência constatada, ela seria jogada de um penhasco, pois dizia-se que seria melhor para ela própria e para a cidade. Até os sete anos a criança era cuidada pela família e depois era dirigida ao Estado, onde seria basicamente ensinada através de vários métodos diferentes, com o simples objetivo de se tornar um guerreiro bravo e forte para Esparta.
Ambos sexos eram levados aos cuidados do governo, aprendiam a ler e escrever e lá era estimulado o laconismo, ou seja, forma de falar e escrever brevemente. Pois não deveria-se estabelecer o espírito crítico entre os "alunos do governo". Lembrando que os gerontes não gostariam de alguém que pudesse criticar ou desenvolver um pensamento contrário aos ensinos e leis da cidade, pois se isso ocorresse, o poder da Gerúsia estaria comprometido.
As crianças eram observadas durante seus jogos e lutas para ver quem se sobressairia, sendo estes selecionados a futuramente chefiar as tropas. Os treinamentos tornavam-se mais severos de acordo com o crescimento da criança, chegando a rasparem o cabelo, andarem descalços e geralmente nus. Aos doze anos não usavam mais camisas e os banhos tornavam-se raríssimos, além de terem de construir suas próprias camas e dormirem juntos nos alojamentos... Mais tarde era escolhido um irene, o qual comandaria seus dependentes nos exercícios físicos, trabalhos domésticos e refeição. Dos 17 aos 30 anos, tinham o dever de proteger a cidade e combater os inimigos, após isto podiam se casar e participar da Ápela.
Obs.: A primeira imagem representa ruínas da cidade de Esparta e a segunda são os audaciosos soldados espartanos.


5 de maio de 2009

Grécia: Pré-Homérica e Homérica


A Grécia está localizada ao sul da Península Balcânica. E é compreendida por sua área continental, pela Península do Peloponeso e por várias ilhas no Mar Egeu. Seu clima é seco e as chuvas são raras, a região é bastante montanhosa, sobrando muito poucas planícies e áreas férteis. Apesar disso a economia grega era baseada na pecuária, além da agricultura, onde havia o cultivo de vinhas, oliveiras, trigo e cevada. Por possuir um vasto litoral e muitas ilhas próximas entre si, os gregos desenvolveram uma forte marinha.

A partir do segundo milênio a.C., povos nômades arianos migraram para a Grécia, sendo os aqueus os primeiros a chegarem. Quando estes chegaram na Península Balcânica, encontraram os pelasgos, povo bastante primitivo, no qual se integraram e fundaram inúmeros núcleos urbanos, principalmente, Micenas, Tirinto e Argos.

Os habitantes que viviam na ilha de Creta fundiram sua cultura com a dos micenos, dando origem a civilização creto-micênica.
Mais tarde chegaram novos povos nômades que se "enturmaram" pacificamente ao povo grego. Isto acarretou ao aumento da população e ao fim da talassocracia cretense, isto é, ao fim da supremacia marítima dos cretenses. Cnossos, a cidade mais importante de Creta, foi totalmente destruída. E Micenas continuou com sua expansão pelo Mar Egeu chegando até a destruição de Tróia, de acordo com o livro Ilíada de Homero.

No auge da expansão micênica, a Grécia é invadia pelos dórios. Muitas cidades foram destruídas, causando a primeira Diáspora Grega, ou seja, a dispersão de gregos para regiões mais afastadas.
No interior da Grécia as pessoas começaram a viver em genos, isto é, comunidades familiares sob o comando do pater familias.

A partir do momento em que os gregos passaram a viver em genos, dá-se o início do Período Homérico, assim chamado por ser estudado através dos relatos de Homero no livro Ilíada e Odisséia.

Ao morrer, o pater familias é sucedido por seu primogênito e assim sucessivamente. Todo o trabalho e produção dentro dos genos eram divididos e distribuídos igualmente entre os familiares, não ocorrendo desigualdade social, excet0 por uma relativa superioridade que havia entre os parentes mais próximos do pater familias e consequente inferioridade entre os parentes mais distantes do mesmo. O pater tinha a função de cultuar os antepassados, controlar a justiça e comandar o exército dos genos.

Com o passar do tempo, a população aumentava, mas a produção agrícola não via o mesmo crescimento, graças as técnicas arcaicas e a falta de terras férteis. Por esta razão, houve a desintegração dos genos e a divisão das terras, que antes eram coletivas, entre os membros da comunidade. Os parentes mais próximos do pater familias recebiam as melhores terras e foram chamados de eupátridas, os mais afastados recebiam as piores terras e foram chamados de georgoi, mas ainda teve quem não recebesse nenhuma terra, estes eram chamados de thetas.
Como vocês podem imaginar, os eupátridas, é claro, ficaram com o poder político e formaram uma poderosa aristocracia, ou seja, formaram a elite que controlava tudo. Um grupo de aristocratas formavam a fratria e um grupo de fratrias formava uma tribo.

Com a união de várias tribos, formaram-se a pólis ou cidade-Estado. A Grécia viu serem fundadas 160 cidades-Estado em seu território. Inicialmente a pólis era governada por um rei, mas quando este tentava conseguir maior poder, os eupátridas afastavam-no e substituíam-no por Arcontes, os quais eram juízes que eram sempre renovados anualmente.

Logo depois inicia-se o Período Arcaico, onde há o desenvolvimento das cidades-Estado, em especial das cidades de Atenas e Esparta. E a ocorrência da segunda Diáspora Grega, causada pelo crescimento populacional, a falta de alimento e terras férteis para a agricultura e o interesse pela dominação de outras regiões. O que levou a colonização de várias áreas pela Bacia do Mediterrâneo.
Obs.: A primeira imagem é a majestosa e divina Grécia, tente achar a ilha de Creta e a Península do Peloponeso. A segunda imagem é do Palácio de Cnossos (pelo menos o que restou dele). A terceira é o busto de Homero.