As Grandes Navegações, instrumento básico do Mercantilismo, foram responsáveis pela descoberta de novas terras. E sua principal consequência foi a descoberta de metais preciosos como ouro e prata pelos espanhóis, nas minas do México, Peru e Bolívia, causando grande transporte de produtos preciosos por toda a Europa. Estima-se que entre 1521 e 1600 foram transportadas da América , pelos espanhóis, mais de 18.000 toneladas de prata e 200 toneladas de ouro. Apesar de rigorosas proibições de seus reis, a prata e ouro dos espanhóis se espalharam pela Europa Ocidental.
O aumento excessivo da circulação de metais preciosos gerou desordens monetárias que levaram a inflação, e, posteriormente, a Revolução dos Preços, que foi a alta dos preços e salários. A prática mercantilista utilizada pelos espanhóis foi chamada de metalismo ou bulionismo, que caracterizou-se pelo acúmulo de metais preciosos.
A França possuía um chefe do ministério para controlar sua economia, chamado de Jean-Baptiste Colbert.
Colbert via grande importância no Mercantilismo e valorizava muito a exploração de metais preciosos, os quais, segundo ele, eram a essência da riqueza de um Estado. Por isso, proibiu a exportação de metais, desenvolveu a navegação, aumentou as colônias francesas e criou várias companhias de comércio.
A atividade comercial dos francesese era baseado na exportação de artigos de luxo e produtos agrícolas. A prática mercantilista utilizada pelos franceses foi chamada de colbertismo.
Apesar do desenvolvimento da indústria nacional, a contratação de mão-de-obra especializada e os subsídios dado as empresas, foi inevitável o encarecimento dos produtos industriais, devido às guerras realizadas pelo Rei-Sol. Porém, subsitiu na França uma marinha renovada, uma legislação comercial atualizada e uma moderna e próspera tecelagem.
O Mercantilismo inglês só se desenvolveu, profundamente, no século XVII. Utilizando-se de seu pretexto religioso, a Inglaterra protestante fez ofensivas mercantis nas campanhas contra Espanha e França, que eram católicas.
Possuíam uma poderosa marinha mercante e de guerra, e através da contratação dos serviços piratas, os quais eram realizados pelos corsários, a Inglaterra aumentou sua riqueza. Com os Atos de Navegação, os ingleses tinham o objetivo de anular a supremacia holandesa no comércio de mercadorias e conquistar essa hegemonia para eles próprios. Isto estimulou a indústria, principalmente a têxtil.
Assim, a prática mercantilista utilizada pelos ingleses foi chamada de comercial e, posteriormente, de industrial.
Os Países Baixos (Holanda e Bélgica) possuíam a mais antiga atividade comercial e de indústria têxtil, o que aumentou ainda mais com a chegada de judeus portugueses e espanhóis convertidos ao cristianismo. Os flamengos, isto é, originados de Flandres, atual Holanda e Bélgica, criaram as Companhias de Navegação, as quais se aproximaram do comércio oriental das especiarias. As companhias eram financiadas pelo Estado e pelo banco de Amsterdã.
A primeira foi a Companhia das Índias Ocidentais, que influenciou na criação de várias outras, principalmente na Inglaterra. Havia a defesa da liberdade de fabricação e de comércio e um interesse maior pelo comércio internacional do que pela produção nacional. Dessa forma, a prática mercantilista dos flamengos foi chamada de industrial e comercial (misto).
O Mercantilismo estava a serviço do poder estatal, o qual era muito rigoroso, dessa forma, surge no século XVIII a ideia do Liberalismo, que propunha maior liberdade comercial e extinção do intervencionismo do Estado.
Obs.: A primeira imagem representa um navio da época mercantilista; a segunda, o ministro da economia francesa Colbert; e a terceira, um corsário ou pirata.
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