15 de outubro de 2009

Mercantilismo

Após a crise do século XIV (Guerra dos Cem Anos, Peste Negra e Fome), surge a crise do desenvolvimento no século XV. A crise do desenvolvimento foi marcada pela necessidade de expandir e restaurar os campos destruídos na guerra e aperfeiçoar ou criar novas técnicas, para atender a sociedade urbana renovada.
As técnicas agrícolas aperfeiçoaram-se, buscando maiores lucros no crescente mercado; surgiu a modernização na produção têxtil com a invenção da roda de fiar; substituição da força humana pela força hidráulica, desenvolvendo a metalurgia; desenvolvimento de técnicas comerciais com a fabricação de novos tipos de navios.

As arcaicas estruturas das corporações de ofício não conseguiram acompanhar o crescimento, surgindo, então, novas empresas.
A nova organização capitalista atingira todas as classes urbanas, houve grande difusão das práticas bancárias por toda Europa. Mas no decorrer do século XV e XVI, a maior retomada do capitalismo foi a expansão marítima, que propiciou a descoberta de novas rotas e novas terras. Os mercadores espanhóis e portugueses foram grande contribuintes para a Revolução Comercial, os quais tentatavam participar no lucrativo comércio de especiarias e superar o monopólio exercido pelas cidades italianas. Após o período de exploração comercial no Oriente, Portugal volta-se para a exploração agrícola no Brasil e a Espanha para a exploração de minas de ouro e prata no México e Peru.

O Mercantilismo foi, então, o nome dado ao sistema econômico capitalista daquela época na Europa.
Seus princípios básicos foram o intervencionismo econômico, em que o Estado absolutista intervinha diretamente no comércio; a necessidade de manter a balança comercial favorável, isto é, o equilíbrio entre as importações e exportações para evitar o extravasamento monetário, o que causaria crise na produção; o protecionismo gerado pela intervenção do Estado, que criou diversas restrições no mercado, como a proibição da importação de produtos que concorressem internamente, exportação de matéria prima que estimulasse a indústria em outros países, estímulo a natalidade para o aumento da mão-de-obra, e; o monopólio, que era o direito dado pelo rei a um determinado grupo, de controlar o comércio de um tipo de produto.

O sistema colonial foi outra característica do Mercantilismo. As colônias enriqueciam a burguesia através do Estado, seguindo o ideal do monopólio e protecionismo. Ocorria o chamado Pacto Colonial, isto é, a colônia era subordinada a metrópole, a qual a dominava. A colônia fornecia matéria prima por preços baixos para sua metrópole e a metrópole vendia produtos manufaturados em suas colônias.

Surgiu o tráfico negreiro, com o objetivo de aumentar as vantagens na produção, isto enriqueceu a burguesia e foi fundamental no processo de acumulação de capitais na metrópole.
Um grande exemplo foi a relação entre Brasil e Portugal, e América Espanhola e Espanha.
Obs.: A primeira imagem representam moedas, que fizeram o metalismo, isto é, a acumulação de moedas no Estado, que enriqueceram a burguesia; a segunda mostra alguns exemplos das novas embarcações desenvolvidas no período mercantilista; e a terceira, o tráfico negreiro, que sequestrava os negros africanos e o levavam para trabalhar forçadamente nas colônias europeias.

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