18 de junho de 2009

Baixo Império Romano


Assim como a República, o Império também sofreu vários problemas que levaram a uma crise, e, consequentemente, ao seu fim.

A crise do Império Romano inicia-se no século III a.C., tendo originado-se na redução das conquistas militares e, consequentemente, numa grande redução do número de escravos.
Com o aumento das despesas públicas, ocorre uma redução do orçamento urbano, o que levou ao aumento de impostos. O preço das mercadorias subiram excessivamente, ocasionando uma retração no mercado e queda da produção, já que o consumo estava em queda.

Devido à este fato, ocorre o Êxodo Urbano, isto é, a saída da população da cidade para o campo. Passando a viver em propriedades auto-suficientes, chamadas villas, as quais deram origem aos feudos medievais. A economia dentro das villas era agrária e de consumo e a produção era repartida com o dono da terra.
Os antigos clientes romanos e os colonos, os quais eram germânicos fugitivos de guerras que adentravam as fronteiras do império, trabalhavam como meeiros, ou seja, eram agricultores que trabalhavam nas terras de outra pessoa e recebiam metade da colheita.

Expansão do Cristianismo:
Outro grande fator responsável pela crise do Império, senão o mais importante, foram os problemas religiosos ocorridos logo após a morte de Jesus Cristo. O Cristianismo começou a se expandir por todo o Império, graças às pregações dos apóstolos que percorriam a região.
Os cristãos são perseguidos pelo imperador Nero, pois eles não cultuavam a imagem do imperador e dos deuses pagãos e eram acusados de todas as calamidades, como as tempestades, enchentes e pestes.
As perseguições continuaram na época do imperador Diocleciano, mas diferentemente do que se esperava, estas perseguições fortaleceram os cristãos, pois cada vez mais os pagãos se convertiam ao cristianismo.
Posteriormente, durante o império de Constantino, é instituído o Edito de Milão, que permitia liberdade de culto aos cristãos e cessava as perseguições. Mais tarde, o imperador Teodósio cria a Lei Tessalônica, que proibiu cultos pagãos e oficializou a religião cristã.
Nesta época, o clero já estava estruturado, sendo que os presbíteros ou padres obedeciam aos bispos e estes obedeciam ao papa (bispo de Roma).
Havia o clero secular, representado pelos que viviam em contato com a sociedade e o clero regular, representado pelos monges, os quais viviam isolados e obedeciam regras severas.
Anteriormente, enquanto o Cristianismo crescia, o Exército interferia nas sucessões dos imperadores, causando sérios problemas. Para evitar que isso ocorresse, o imperador Diocleciano dividiu o Império em 4 partes. Depois de sua morte, Constantino reunificou Império e as disputas pela sucessão retornaram.

Houve outras divisões até a última determinada por Teodósio, o qual criou o Império Romano do Ocidente, com sede em Roma e o Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla. Nunca mais houve uma reunificação, já que o Império Ocidental caiu por completo com as invasões bárbaras e o Oriental sobreviveu até a invasão Turca, em 1453.

Os bárbaros se infiltraram militarmente no Império Romano do Ocidente. Os bárbaros eram vários povos diferentes que viviam próximo às fronteiras do Império. O principal deles foram os Germânicos, e aos poucos estes povos foram tomando vários territórios de Roma até o seu fim.

O grande legado de Roma foi o seu Direito, que influenciou todas as sociedades ocidentais. A medicina não teve grande destaque porque era considerada um campo folclórico. E a visão que temos hoje sobre a família ser a célula-mater de toda a organização social, é proveniente dos romanos.
Obs.: A primeira imagem representa a total expansão romana durante o Império; a segunda é um mosaico representando o imperador Constantino, o fundador de Constantinopla; e a terceira é Áthila, o rei dos Hunos, os quais eram bárbaros que invadiram o Império Romano do Ocidente.

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