13 de agosto de 2009

Império Bizantino


Em 330, o imperador romano Constantino fundou a cidade de Constantinopla, na região de Bizâncio, antiga colônia grega. A região possue uma ótima posição estratégica, pois está localizada entre a Ásia e Europa, e junto ao Mar Mediterrâneo e o Mar Negro. A cidade tornou-se, posteriormente, a capital do Império Romano Oriental, mais conhecido como Império Bizantino.
A nova capital havia recebido vários arquitetos, artesãos e valiosas obras de arte, por ordem de Constantino. E tornou-se palco da fusão de elementos latinos, orientais, cristãos e gregos, tendo uma população composta por imigrantes estrangeiros, gregos e habitantes helenizados. A língua era grega e a religião oficial, o Cristianismo.
A estrutura política era baseada da seguinte forma, o governante possuía poderes ilimitados, desde o político ao espiritual, sendo a Igreja, subordinada ao Estado.

O imperador Justino I, não possuía filhos, por isso, seu sobrinho Petrus Sabatus foi trazido à corte, para ser preparado ao poder e dar sequência à dinastia Justiniana. Assumiu o trono em 527 com o nome Justiniano, tornou-se um poderoso imperador, mantendo o controle sobre o Exército, a diplomacia, as finanças e as leis. Com autoridade absoluta, o imperador detinha um poder quase divino. Sua esposa, a imperatriz Teodora, teve grande importância, já que interferia nas decisões do imperador e nos negócios de Estado.

A economia Bizantina era baseada na agricultura e possuía bases escravistas, além de um importante comércio, cujos principais centros eram Constantinopla, Alexandria e Antioquia. O Estado monopolizava os setores econômicos. Com a expansão islâmica, o império perdeu terras agrícolas, mas teve aumento significativo nas relações comerciais.

Justiniano procurou unificar a Igreja Ortodoxa, perpetuando o cesaropapismo, isto é, subordinando a Igreja ao Estado; combatendo as heresias, isto é, doutrinas contrárias ao Cristianismo. Isto, devido ao fato de que havia muita discussão religiosa entre o povo, pois a divisão religiosa poderia afetar a unidade imperial.
Um movimento, chamado de Revolta Nika, durou cinco dias e logo depois foi fortemente sufocado pelas tropas do imperador, havendo 30 mil mortos no final. A rebelião surgiu devido ao descontentamento da população em relação ao absoluto controle estatal sobre a religião, a economia e as leis, além dos altos impostos.

Justiniano ordenou que todo o Direito fosse revisado para atender as necessidades reais e servisse como base legal do governo. A obra foi chamada de Corpus Juris Civilis, e foi redigida por uma comissão de juristas. Esta obra serviu, posteriormente, de base para os legistas medievais, durante a Época Moderna e foi modelo para as atuais nações europeias e para a América Latina.

A política externa do imperador tinha como objetivo reconquistar as antigas fronteiras do Império Romano. Estabeleceu um tratado de paz com seus antigos inimigos do oriente, os persas. Iniciou o expansionismo com a reconquista da África, logo após a Itália, já que estes lugares passavam por uma crise religiosa e política, respectivamente. A expansão ocidental foi cessada com o rompimento do tratado de paz pelos persas, tendo o imperador de concentrar os esforços no oriente. Com o retorno de paz, a expansão ocidental continuou com a conquista da Espanha. A expansão cessa e logo após Justiniano morre assim os árabes conseguem toda a região conquistada pela Bizantina, acabando, enfim, o sonho de reconstrução do Império Romano.
Com a morte de Justiniano, a população festeja, esperando por dias de paz e com baixa carga tributária. Porém os sucessores do trono não conseguiram administrar o império, levando-o a um lento processo de decadência.

A Dinastia dos Heráclidas enfrentou a expansão islâmica, perdendo territórios, e comprometendo as finanças pela necessidade de um exército poderoso.
A Dinastia Isáurica iniciou uma reorganização do império, afastando-se dos conceitos tradicionais, ou seja, neste período surgiu o movimento iconoclasta, em que o imperador proibiu a representação e culto às imagens sagradas, destruindo-as, o que levou a uma revolta da população e do papado romano.
Além da crise interna, as fronteiras estavam comprometidas, cidades italianas disputavam com Constantinopla o monopólio comercial sobre o Mediterrâneo e grandes propriedades ganharam autonomia por causa da fragilidade política do governo, comprometendo o poder imperial.
O Império Bizantino caiu, finalmente, com a invasão dos turcos em 1453. Acabando com qualquer possibilidade de uma reconstrução do Império Romano.
Obs.: A primeira imagem representa a antiga cidade de Constantinopla; a segunda mostra um mosaico do imperador Justiniano e a terceira representa a Catedral de Santa Sofia, cujo projeto inicial de construção fora ordenado pelo imperador Justiniano, localizada em Constantinopla, atual Instambul, capital da Turquia.

Um comentário:

  1. Parabéns por seu esforço e determinação por "mover-se" e fazer a diferença. www.seconheceresaverdade.blogspot.com

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