21 de outubro de 2009

Absolutismo Inglês - apogeu

Após a Guerra dos Cem Anos, a Inglaterra passou por uma crise de dinastia, em que duas famílias brigavam pelo trono, envolvendo-se na Guerra das Duas Rosas (1455-1485). O conflito finalizou-se quando Henrique Tudor foi coroado rei, sendo chamado de Henrique VII. O rei tinha apoio popular, já que não se suportava mais as guerras civis. O novo governo buscou fortalecer o poder real, estimular o Mercantilismo e pacificar o reino.
Seu sucessor Henrique VIII continuou a obra. E como já visto, afirmou seu poder criando a Igreja Anglicana e assinando o Ato de Supremacia, que colocava a Igreja sob o poder monárquico, dando-lhe autoridade política e religiosa.

Após sua morte, sobe ao trono seu filho Eduardo VI, mas seu governo foi bastante curto. Por esta razão, sua filha com Catarina de Aragão, Maria Tudor, assume o poder. Ela era muito católica e tentou neutralizar a reforma religiosa feita pelo pai, perseguindo os protestantes. Casou-se com o rei espanhol Felipe II, gerando instabilidade entre os ingleses, já que a Espanha era fortemente católica e, consequentemente, a Igreja Católica influenciaria a Inglaterra. Logo depois, a rainha morre de câncer e o trono é passado a sua irmã bastarda, a nova rainha Isabel I ou Elizabeth I.

Elizabeth I rearfimou o absolutismo e consolidou a Igreja Anglicana, criada pelo pai, com a Lei dos 39 Artigos.

A rainha manteve forte desenvolvimento comercial, pois impulsionou o Mercantilismo, criando companhias de comércio e estimulando a atividade corsária, isto é, pirataria autorizada. Os corsários ingleses geraram conflitos com a Espanha, já que as embarcações espanholas eram saqueadas. Por este motivo e pela Inglaterra ser protestante, Felipe II da Espanha preparou uma forte frota de navios - Invencível Armada - para atacar os ingleses, mas acabou sendo derrotado, tendo milhares de seus navios queimados. Neste momento a Inglaterra garante sua hegemonia comercial no Atlântico.

Intensificou a política de cercamentos, o que prejudicava os pequenos proprietários e camponeses, obrigando-os a migrarem para as cidades. A solução encontrada foi a criação da Lei dos Pobres, em que os pobres eram obrigados a trabalhar em oficinas para abastecer o setor manufatureiro e evitar a marginalidade e o banditismo. A nobreza tradicional e católica teve seu poder reduzido e houve aproximação da burguesia e da nova nobreza.
Durante o reinado de Elizabeth I, pode-se dizer que a Inglaterra passou por uma Era de Ouro, em que houve o início da colonização da América do Norte e o impulso a indústria artesanal. O governo durou de 1558 até 1603, e não deixou descendentes, por isso a rainha foi chamada de a Rainha Virgem.
Com sua morte, seu primo escocês Jaime I assume o trono e inicia a dinastia dos Stuarts, tentando legalizar o absolutismo frente ao parlamento, o que gerou um conflito só finalizado com a Revolução Gloriosa em 1668.
Obs.: A primeira imagem representa a Guerra Anglo-Espanhola, em que a Invencível Armada foi queimada pelos navios ingleses; a segunda mostra a jovem e inexperiente rainha Elizabeth I em sua coroação, a qual levou seu reino a uma Era de Ouro.

4 comentários: